16/12/10

Reconstrução coletiva do poema «Natal de um pastorinho» de Alexandre Parafita

Pela serra acima
Vai o pastorinho
       Leva o seu bornal
E o seu carneirinho.

       Batendo os tamancos
       Lá vai pela manhã
Vestido de croça
Feita de lã.

As ovelhas mansas
Seguem a seu lado
P ‘ra lidar com elas
É preciso ter cuidado.

Fala-lhes mansinho:
“Meninas, correr”
E elas tratam logo
De começar logo a fazer.

Porém uma delas
Não aguentou mais
Deitou-se p’ro lado
Ficou à espera dos pais.

E logo o pequeno
De tão perspicaz
Deu p’la falta dela
E voltou-se para trás.

Andou meia légua
Achou-a deitada
Ia dar à luz
A linda ovelha mimada.

E o pastorinho
Lá fez de parteiro
Tomando nas mãos
O seu lindo cordeiro.

E ao chegar a casa
Lá pela tardinha
Com mais um no rol…
O bom pastorinho
Aumentou o encanto
Daquele pôr-de-sol!

      
           

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