13/12/11

A fada Oriana mordeu o isco...

Iniciamos a leitura da obra «A Fada Oriana», escrita por Sophia de Mello Breyner Andersen. Hoje lemos o capítulo «O peixe». Neste capítulo Oriana mordeu o isco do peixe. Ele elogiou-a tanto que Oriana começou a passar o tempo a pensar na sua beleza e progressivamente foi esquecendo dos animais da floresta, das flores, do lenhador, do poeta e do moleiro. Quando o peixe Salomão foi à procura das pérolas para enfeitar Oriana, ela ficou à espera, sentada numa rocha, sete dias e sete noites. Nesse tempo Oriana, embriagada pela sua vaidade não foi ajudar a velha.
                                                                         
                                                                                               Oriana mostrava-se ao poeta - Beatriz
A sala do homem muito rico - Beatriz
O peixe elogiou Oriana - Santiago
          
Oriana olhava o seu reflexo na água -  Mariana


Cada um de nós pensou sobre o que era para si a vaidade:
- Eu não gosto da vaidade porque nós quando pensamos na nossa vaidade não queremos saber dos outros, mas claro, também gosto de andar com perfume. - João Pedro
- A vaidade para mim é uma pessoa que só pensa em si própria e está sempre a ver como está o seu cabelo, está sempre  a pintar as unhas e a usar acessórios bonitos. Flávia
- Quando somos vaidosos só nos interessamos por nós e esquecemo-nos dos nossos amigos, de ajudar nas tarefas de casa e tornamo-nos muito chique. - Sofia Gomes
- A vaidade é uma coisa que não se pode seguir porque faz esquecer as pessoas e familiares de quem gostamos. - Gonçalo Pinho
- A vaidade é incorreta porque faz com que só pensemos em nós e esqueçamos os nossos amigos. não sou vaidosa! - Carolina Horta
- A vaidade é má. Ficas vaidoso, achas que és mais bonito, muito melhor que os outros e habituas-te a que te elogiem - Santiago
- A vaidade às vezes é má porque ficam cheios de mania que são mais belos do que os outros. A vaidade faz mal porque começam a pensar só neles e esquecem-se dos seus amigos. - Mariana
- Eu não gosto da vaidade. É daquelas coisas que, só com um amigo pode desaparecer. Quando a temos esquecemos do mais importante, o que está dentro de nós. É uma coisa terrível porque esquecemo-nos dos nossos verdadeiros amigos. - Beatriz
- Eu não gosto da vaidade porque esquecemos de tudo à nossa volta - Ruben

Depois de acabarmos de ler o livro cad um escreveu um texto sobre a história. Vamos ler algumas das histórias:

A fada Oriana

A história fala de uma fada boa que se chamava Oriana. A rainha das fadas deu-lhe uma floresta e a fada Oriana prometeu-lhe que nunca iria abandonar a floresta, o moleiro, o lenhador, a velha, o poeta e os animais.

Um dia salvou o peixe que lhe disse que sempre que precisasse podia chamá-lo. Ela foi ficando amiga do peixe, que a foi elogiando. Cada vez que ele a elogiava, ela ia esquecendo-se do lenhador, do moleiro, do poeta, da floresta e dos animais. Um dia esqueceu também a velha pensando que ela já tinha decorado o caminho para a cidade sem cair no abismo.

A rainha das fadas tirou-lhe as asas e a varinha de condão. Acrescentou também para ela ir ver o mal que tinha feito. Oriana, com o sangue a sair dos pés, não viu ninguém. Todos tinham ido embora menos os ratos, as aranhas e as víboras.

Os ratos, as aranhas e as víboras contaram que foram todos morar para a cidade e que o filho mais novo do moleiro se tinha perdido porque ela não tinha tomado conta dele. A chorar, Oriana partiu de viagem para a cidade onde perguntou a várias pessoas se sabiam onde vivia o moleiro. Ninguém sabia até que encontrou um gato que a guiou até ao n.º 9577. No 4.º andar. A moleira apareceu e não acreditou na Oriana porque não tinha asas. Disse que só acreditaria nela se encontrasse o seu filho mais novo.

Foi-se embora e perguntou ao gato se sabia onde morava o lenhador. Ele foi-se embora dizendo que não.

Oriana procurou e encontrou um cão vadio que a guiou até um casebre meio desfeito. A mulher do lenhador veio à porta, acreditou nele e contou-lhe que o lenhador estava na prisão porque o filho adoecera e precisava de ficar quente. Por essa razão roubou dois cobertores. O polícia apanhou-o e ele agora estava na cadeia. Oriana pediu-lhe para ela voltar para a floresta. A mulher do lenhador disse que só voltaria com o marido.

Oriana lembrou-se do poeta. Procurou, procurou, procurou e só à noitinha viu um café iluminado; entrou lá e viu o poeta. Oriana tentou convencê-lo que era a fada Oriana mas ele gritou «Desaparece!»

Oriana foi procurar o filho do moleiro à floresta. Lembrou-se que os animais deviam saber dele. Dito isto Oriana subiu montes até encontrar o que queria.  Perguntou aos animais se eles sabiam do filho do moleiro. O veado apareceu com ele às costas. Os animais não lhe deram o menino porque achavam estranho uma fada sem asas. Oriana avisou que tinha testemunhas. Ela disse: «Amanhã ao meio dia vão ao lago. O peixe é o meu testemunho»

Oriana apressou-se a ir ter com o peixe, convenceu-o a ser testemunha. Ao meio dia os animais fizeram uma bicha. Oriana chamou pelo peixe mas ele não apareceu. Todos os animais chamaram-lhe mentirosa.

Oriana ouviu uma voz. Era a rainha das fadas más que lhe fez uma proposta: « Se te tornares uma fada má eu dou-te estas asas». Oriana respondeu que não. Continuou o caminho mas de repente viu a velha que estava quase a cair no abismo. Entretanto descansou um pouco. Oriana correu. Enquanto estendeu o braço para agarrar a velha, caiu porque se esqueceu que não tinha asas.

A rainha das fadas boas puxou-as e disse à Oriana que tinha cumprido a promessa e deu-lhe uma varinha de condão e um novo par de asas. Oriana viveu feliz para sempre sem se esquecer da promessa.

«Nunca me esquecerei desta história porque foi marcante e ensinou-me uma lição: não interessa o que está por fora mas sim por dentro.» Beatriz


A FADA ORIANA

Era uma vez uma fada chamada Oriana. Ela fez uma promessa à rainha das Fadas que era tomar conta da floresta. Um dia um peixe elogiou Oriana tanto que ela começou-se a interessar pela vaidade e a não cuidar da floresta; só a cuidar de uma velha que vivia na floresta. Mas um dia também deixou de tratar da velha. Para castigo a rainha das fadas tirou-lhe as asas e a varinha de condão.

Todos os habitantes abandonaram a floresta. O moleiro foi para a cidade e o lenhador  e o poeta também; a velha ficou na floresta. O lenhador foi preso (o filho ficou doente e precisava de duas mantas de lã e ele roubou). Ao moleiro desapareceu-lhe o filho.  O poeta ficou à espera de Oriana até às doze badaladas da meia noite e ficou zangado. Os animais que tinham o bebé do moleiro. Oriana tentou dizer a todos que era uma fada mas ninguém acreditava; foi à prisão e expulsaram-na. Foi ao café ter com o poeta e ele disse para ela desaparecer. Então foi ter com a velha que estava quase a cair no abismo. Tentou ajudá-la mas não se lembrou que não tinha asas e …caíram as duas no abismo. Mas a rainha das fadas salvou-as e deu asas e uma varinha de condão à fada Oriana.


Oriana ajudou a velha; os animais acreditaram que ela era uma fada e devolveram-lhe o bebé; foi à prisão, adormeceu os guardas e libertou o lenhador; foi ao café ter com o poeta.

Por fim todos voltaram para a floresta viverem.

                                                                              Texto construído pela  Maria Carolina
                                                                   A fada Oriana

Era uma vez uma fada boa a quem concedida uma floresta. Chamava-se Oriana.
Ela ajudava o moleiro  e os seus onze filhos, o lenhador, a velha, o poeta, tentava ajudar o homem muito rico e também ajudava os animais. Até que um dia encontrou um peixe na margem do rio a pedir socorro. Oriana salvou-o e o peixe ficou agradecido dizendo que sempre que ela precisasse era só chamar.
Quando o peixe desapareceu Oriana ficou a olhar o seu reflexo e achou-se linda. Tornou-se tão vaidosa que se esqueceu da sua promessa de tomar conta da floresta..
Por causa disto a rainha das fadas boas tirou-lhe as asas e a varinha de condão. Para voltar a tê-las tinha que esquecer-se de si própria a pensar nos outros.
Oriana ficou muito triste e foi visitar os habitantes da floresta mas alguns tinham-se mudado para a cidade... Ela foi à cidade tentar convencê-los a voltar para a floresta. Só um é que acreditou que ela era uma fada. Foi a moleira mas ela não ia embora enquanto o marido estivesse preso por ter roubado dois cobertores de lã. A mulher do lenhador disse que só acreditaria se lhe trouxessem o décimo primeiro filho. O poeta não acreditava porque ela não podia fazer magia.
Então Oriana foi perguntar aos animais se sabiam onde estava o filho do moleiro mas eles não acreditavam que ela pudesse ser uma fada. Nesse instante Oriana viu a velha quase a cair a um abismo. Quando a velha caiu, Oriana, esquecendo-se que não tinha asas, saltou para o abismo para a socorrer.
Logo a seguir a rainha das fadas boas apareceu e deu de novo asas e a varinha de condão a Oriana. Assim ela pode salvar a velha, entregar o filho ao lenhador, soltar o moleiro e fazer com que o poeta acreditasse de novo em fadas.

                                                            Reconto elaborado pela Carolina Horta

1 comentário:

sofia escudeiro disse...

O desenho da Carolina Horta está´muito bonito e o reconto nem se fala!!!!!!!